Koh-i-Noor: A Montanha de Luz Envolta em Sombras
Introdução
Entre todos os diamantes lendários da história, poucos carregam uma aura tão intensa quanto o Koh-i-Noor. Conhecido como a “Montanha de Luz”, ele foi testemunha silenciosa de impérios que ascenderam e caíram, e até hoje está no centro de disputas geopolíticas.
Peso atual: 105,6 quilates.
Origem e Lenda
Acredita-se que o Koh-i-Noor tenha sido extraído das minas de Golconda, no sul da Índia, por volta do século XIII — ou até antes. Segundo a lenda, ele traz má sorte aos homens, mas poder às mulheres. Talvez por isso esteja hoje incrustado na coroa da Rainha Mãe britânica.
Ascensão entre impérios
Este diamante já foi posse de:
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Sultões de Déli
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Imperadores Mogóis, adornando o trono do Pavão
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Nadir Shah da Pérsia, que o nomeou Koh-i-Noor
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Durranis do Afeganistão
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Maharaja Ranjit Singh, do Império Sikh
Cada transição de posse envolveu guerras, traições e invasões — o que só reforça seu status quase místico.
O domínio britânico
Após a anexação do Punjab em 1849, o Império Britânico exigiu que o diamante fosse entregue à Rainha Vitória. Desde então, o Koh-i-Noor passou a integrar as Joias da Coroa Britânica.
Atualmente, está exposto na Torre de Londres, cravado na coroa da Rainha Elizabeth (Rainha Mãe), usada em sua coroação em 1937.
Controvérsias e reivindicações
Índia, Paquistão, Irã e Afeganistão reivindicam o retorno do diamante, argumentando que ele foi tomado à força. O Reino Unido mantém sua posição de que o Koh-i-Noor foi cedido “voluntariamente” — uma afirmação amplamente contestada.
Curiosidades
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💡 Significado do nome: “Montanha de Luz”, dado por Nadir Shah após saque de Déli em 1739.
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🏰 Peso original: cerca de 186 quilates. Foi recortado em 1852 para melhorar seu brilho.
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👑 Somente mulheres da realeza britânica usaram o diamante desde então, devido à sua fama de “amaldiçoado” para homens.
Considerações finais
O Koh-i-Noor não é apenas uma joia. É um símbolo de poder, conquista e disputa. Cada faceta conta uma história marcada por glória e sofrimento. E sua jornada — ao contrário de seu brilho eterno — ainda está longe de acabar.
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